O ar, a atmosfera e os motores de combustão

Todos sabemos que ao fim de 3 ou 4 minutos sem ar nenhum ser vivo comum sobrevive à face da Terra. Raramente temos consciência disso. E muito mais raramente que o ar é um bem precioso mas muito limitado.

Então mas a atmosfera não é uma coisa gigante à volta da Terra?

Não!

Como diz Neil Tyson "A atmosfera respirável está para o planeta Terra como a casca está para uma maçã". Isso mesmo. O planeta tem um diâmetro de aproximadamente 12.700 Km e o ar está apenas numa fina película de 10 a 20 km à sua volta.

A imagem que sempre nos passaram das várias camadas da atmosfera está errada. As proporções no desenho estão erradas. É pura publicidade enganosa. 

Na imagem abaixo a Troposfera (de 20km) devia ser apenas uma fina linha em volta do nosso planeta. 20 em 12.700 representa nem 0,2% do diâmetro da esfera.




É nessa fina linha em torno da Terra que apenas existe ar. Azoto, oxigénio, dióxido de carbono e vapor de água (nuvens) são os principais elementos químicos que compõem a atmosfera. É nessa fina camada que tudo se passa em termos de clima sentido pelos humanos que com os seus menos de 2 metros de altura média que ali vivem, todos ligados a esta película vital para a sua sobrevivência.

Quando falamos em países poluidores ou amigos do ar, fica a sensação de que temos alguma privacidade em termos do ar que respiramos. Não temos. Não há paredes verticais na troposfera.

Fala-se muito na água como um bem precioso mas esquecemos que o ar é um bem mais precioso que água. Talvez porque vivemos dentro dele todos os dias e não reparamos na sua importância. 

História:
Dois peixes jovens nadavam junto quando passou por eles um peixe velho em sentido contrário e lhes perguntou:
- Como é que está a água hoje?
Os dois peixes continuaram a nadar e passados alguns segundos pararam, olharam um para o outro e perguntaram:
- O que é a água?

Esta nova consciência da espessura da atmosfera respirável leva-me para um lugar do comportamento humano que há muitos anos sinto intuitivamente que está errado: A utilização de motores de combustão para gerar energia. Um motor de combustão gera energia a partir de recursos naturais extraídos da Terra mas muito pior é que consome e destrói recursos naturais muito mais escassos a partir do ar que respiramos. Os motores de combustão sujam e alimentam-se desta fina película em volta da Terra que é vital para a nossa sobrevivência. Os motores de combustão são um dos maiores venenos, um dos maiores tiros nos pés na nossa civilização.



E há mais de 100 anos que, em carros, barcos, aviões e fábricas, usamos e abusamos destas máquinas brutas, barulhentas e mal cheirosas para beneficiarmos de algum conforto de vida, quando há uma infinidade de outras soluções mais amigas da vida.

Porquê?

Porque através do marketing se criou uma mitologia do economicamente viável (sem entrar em conta com o valor da atmosfera respirável) em que o petróleo é mais importante que a água e o ar e só com uma nova mitologia e um novo marketing mais poderoso (usando até o medo) se poderá inverter a situação.

Alterações climáticas, pandemias, guerras e até a ideologia de género podem ter por trás uma agenda maléfica no sentido de tentar reduzir a população mundial. Mas se mantivermos estes motores por mais 100 anos duvido que o planeta e a população mundial se mantenha como hoje. Muitos vamos sufocar.


Se seguires a manada e não quiseres pensar nestes temas e partilhar a informação com outras pessoas, tudo bem. É normal que o teu robô se comporte assim porque assim foi programado por muitos anos de repetições e emoções. E quer manter o status quo.

Mas fica a saber que esse software tem uma falha. Chama-se consciência. É a consciência que te move a ser melhor pessoa e a promover um futuro melhor para quem vier a seguir. E é ela que te dá a certeza de que tu não és um computador


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