O resultado da experiência depende do Observador


Imagem gerada por IA

O mundo atual é quântico. A realidade depende do observador e pode ser 0 ou 1 ou 0 e 1 em simultâneo. Não acredita? Ora aqui vão alguns exemplos. 

O primeiro: O automóvel. É uma coisa boa ou má? Ou as duas em simultâneo? Já foram produzidos este ano mais de 20 milhões de automóveis e falecem, cada ano, mais de 1,3 milhões de pessoas em acidentes de viação.

Outro exemplo: O trabalho. Diz-se que os que trabalham é que sustentam o Estado Social com os seus subsídios a quem nada faz mas...  Cada vez há mais pessoas que são substituídas por máquinas e que não têm trabalho no sentido clássico. Atualmente menos de metade da população é ativa, ou seja, a maioria dos portugueses "não trabalha" (ver artigo com dados). Isso é mau ou é bom?

A guerra na Ucrânia é outro exemplo de uma experiência cujo resultado depende, e muito, de quem e como a observa. E a EDP também.

Pensando em termos de Física Clássica esta afirmação não faz qualquer sentido. Qualquer experiência física tem sempre o mesmo resultado independentemente de quem a observa. E isso é válido para muitas situações. Graças a esta lei clássica temos milhões de automóveis na estrada sem bater e milhares de aviões nos céus sem cair. Viva pois a Física Clássica que nos trouxe até ao grau tão avançado da nossa civilização ocidental. 

Mas a Física Quântica, que surgiu no meio científico há mais de 100 anos, veio dar-nos uma outra visão da realidade. Digamos que uma visão muito mais completa mas nem sempre compreendida pela generalidade da população que, em muitos casos, continua a raciocinar à moda clássica, pois ela dá-lhe uma maior firmeza e segurança na sua vida quotidiana.

Hoje já sabemos que a realidade na sua maior profundidade pode ser zero (0), um (1), zero e um (01) ao mesmo tempo e todos os valores intermédios (0-1). Esta é a realidade dos novos computadores quânticos que se baseiam no Qubit em vez do velho dual bit clássico que só pode ser zero ou um.

Assim também são as guerras, nomeadamente a da Ucrânia. A primeira coisa que se faz logo no início de qualquer guerra é bloquear a informação que vem do inimigo. O inimigo que é o zero e nós somos o um. E assim a experiência vai depender do observador que deixa que lhe coloquem umas pálas orientadas para o resultado desejado. Por isso fecharam a cadeia de televisão russa RT.

Ora, se bem se lembram, tivémos em Portugal uma guerra colonial (1961-1974) que causou cerca de 10 mil mortos e 20 mil inválidos entre os soldados, mais de 100 mil vítimas entre os civis que viviam nas ex-colónias e milhões de portugueses afetados direta ou indiretamente. Pelas mortes e pela miséria de vida criada por quem desviava a riqueza gerada com o suor do povo para armamento. A palavra de ordem era, na altura, era eu criança, "Angola é nossa!". Nós éramos o 1 (um) e eles, os turras a abater, eram o 0 (zero). E a grande maioria dos observadores aceitavam essa crença. Felizmente, alguns mais conscientes, ouviam também as rádios africanas e a rádio Moscovo e o 25 de abril aconteceu. E Agostinho Neto, o grande turra, passou a ser nosso amigo. E nós perdemos Angola que nunca foi nossa.

E mais interessante é que foi o mesmo ditador Salazar que nos afastou da loucura do nazismo que depois nos entregou à loucura do colonialismo.

Hoje a palavra de ordem daqueles que entregaram Angola aos angolanos é "Ucrânia é nossa!". Veremos como vai acabar esta experiência do lado do observador português. Quem sabe um dia seremos bons amigos da Rússia como hoje somos de Angola.  Porque afinal somos todos humanos, com filhos, família e amigos, independentemente da nacionalidade e das pálas que nos querem colocar nos olhos, para voltarmos 100 anos atrás aos tempos gloriosos da Física Clássica.


  Bandeira da Ucrânia hasteada em Cascais

Ah !... mas e tal... o Putin é ditador e quer conquistar a Europa... Pois é, o Xi Jinping também é, e já é o principal dono da EDP (Eletricidade DE PORTUGAL, uma empresa supostamente nossa). Sem guerra, apenas com negociações pacíficas. Aos olhos de alguns observadores a EDP é uma empresa portuguesa mas aos olhos de outros é uma empresa chinesa. Tal com a Portugal Telecom é agora francesa e a Galp é 51% americana (do Trump).

Com um olhar quântico conseguimos ver que nos nossos dias o mundo está todo interligado e qualquer coisa que façamos contra alguma coisa, seja países, raças, empresas ou recursos naturais, numa lógica de 0 e 1, em que o zero é o culpado e inimigo a abater, estaremos sempre a dar tiros nos nossos pés, agora ou mais tarde, para nós ou para os nossos filhos e netos.

Se queremos manter uma rota de prosperidade estamos condenados à paz. À permanente negociação e comunicação. Em torno da bi-dualidade da vida. Só não vê isso quem ainda pensa em modo dual, de culpado e inocente, com as palas da razão total. Eu prefiro olhar sempre para os 2 lados. Não acreditar em nada mas escutar tudo com muita atenção. E depois escolher o que me traz um melhor resultado para a minha experiência efémera, junto de quem eu gosto e de quem gosta de mim. Tenho esse poder pessoal. E tu também.


Comentários

Mensagens populares deste blogue

Porque é que muitos desejos de Ano Novo não se realizam? E como podemos mudar isso?

Tu não és um computador